Massacre em Escolas - Atirador Ativo

MASSACRE EM ESCOLAS - ATIRADOR ATIVO

Massacre em Escolas - Atirador Ativo

Há poucos dias presenciamos mais um massacre em escola, destes patrocinados por ex alunos desequilibrados e desajustados, os quais resolvem descarregar sua ira através da violência desmedida. A barbárie ocorrida na Escola Raul Brasil, em Suzano foi mais uma a entrar para o rol dos maiores massacres em escolas já ocorridos nas últimas décadas, segundo o site da revista Super interessante:

Creche Fabeltjesland (Bélgica, 23 de janeiro de 2009).

Em janeiro de 2009, Kim De Gelder, de 20 anos, pintou os cabelos de vermelho, aplicou uma maquiagem parecida com a do Coringa, e entrou armado num berçário em Dendermonde, na Bélgica. Esfaqueou 15 pessoas e matou três. Duas delas eram bebês com menos de um ano de idade. A outra vítima foi uma mulher de 54 anos, que trabalhava no lugar.

Escola Ikeda (Japão, 8 de junho de 2001)

Em 2001, Mamoru Takuma, um homem de 37 anos que já havia trabalhado como zelador na escola, entrou no estabelecimento com uma faca. Ele feriu 15 pessoas e matou 8. Todas as vítimas eram crianças de 7 e 8 anos. Depois de ser preso, Takuma mostrou muita instabilidade mental, apresentou comportamento suicida, e chegou a dizer que preferia ter usado gasolina para ter matado mais pessoas. Ele foi executado em 2004.

École Polytechnique (Canadá, 6 de dezembro de 1989)

O pior caso de massacre de estudantes no Canadá aconteceu no final dos anos 80, na escola de engenharia da Universidade de Montreal. O responsável pela tragédia foi Marc Lepine, um homem de 25 anos, que “odiava feministas”. Segundo o relato do crime, ele entrou em uma sala da faculdade com um rifle semiautomático e uma faca de caça e ameaçou um grupo de estudantes de engenharia mecânica. Depois de expulsar os homens, enfileirou as 9 mulheres da turma e disse: “Estou lutando contra o feminismo. Vocês são mulheres, vocês serão engenheiras. Vocês são um bando de feministas”. E abriu fogo. Além das nove mulheres baleadas na sala de aula, outras 18 foram feridas nos corredores da faculdade. 13 morreram. Depois de 20 minutos de terror, Lepine se matou. O crime chamou atenção pela sua motivação misógina.

Massacre de Erfurt (26 de agosto de 2002)

Um dos ataques armados a escola que mais chocou a população alemã terminou com 17 mortos e outras sete pessoas feridas em 2002. Tudo graças ao plano de vingança de Robert Steinhäuser, um ex-aluno que havia sido expulso um ano antes da Escola Gutenberg por falsificar documentos. O jovem, que tinha 19 anos na época do crime, entrou na escola com roupas de ninja, uma máscara e duas armas, e atirou em diversos professores que encontrou pelo caminho. Só parou quando um dos professores o enfrentou e conseguiu encurralá-lo em uma sala de aula. Lá dentro, Robert se matou.

Universidade Virginia Tech (16 de abril de 2007)

Nenhum outro ataque a escolas terminou com tantas vítimas quanto este, que aconteceu na Universidade Virginia Tech em 2007. Segundo notícias da época, o estudante Cho Seung-hui demonstrava sinais de instabilidade emocional e perseguia duas colegas da faculdade. O jovem já havia recebido uma advertência pelo comportamento meses antes. Mas não era nada comparado ao que ele fez no dia 16 de abril. Cho Seung-hui matou dois estudantes no dormitório da universidade. Em seguida, voltou para seu quarto e gravou um vídeo confessando o crime. Cerca de 20 minutos depois, entrou em um prédio de aulas, trancou todas as portas e atirou em todo mundo que encontrou no caminho. Ao todo, 32 pessoas morreram.  A polícia só conseguiu entrar no prédio 10 minutos depois. Mas o jovem se matou assim que foi encontrado pelos policiais.

Massacre de Realengo (7 de abril de 2011)

Um dos casos mais famosos no Brasil deu força à luta contra o bullying por aqui. É que os maus tratos por parte dos colegas são apontados como a principal causa dos crimes cometidos por Wellington Menezes de Oliveira. O jovem, que tinha problemas psicológicos e poucos amigos, entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, na periferia do Rio de Janeiro, identificando-se como um palestrante. Dentro de uma sala de aula, disparou mais de 100 tiros contra vários alunos, com a intenção de imobilizar os meninos e matar as meninas. Um policial que patrulhava a região foi avisado por um dos estudantes que ficou ferido e conseguiu alcançar Wellington, que se matou em seguida. Doze adolescentes morreram. Meninos e meninas. O crime recebeu uma vasta cobertura da imprensa, que divulgou fotografias e cartas deixadas por Wellington.

Columbine (20 de abril de 1999)

Nenhum outro caso ficou tão famoso quanto o dos dois jovens que mataram 13 pessoas no Instituto Columbine, nos Estados Unidos. Armados, Eric Harris e Dylan Klebold entraram na escola onde estudavam e dispararam várias vezes contra outros alunos. No final do ataque, os dois se mataram. Além da dupla, 12 pessoas morreram e outras 25 pessoas ficaram feridas. Além da repercussão internacional, os crimes também foram citados em depoimentos de outros adolescentes que mataram pessoas em escolas, inclusive alguns citados nesta lista.

No Brasil situações como estas não são mais novidade e requer que as autoridades de segurança criem uma política, ou cultura de prevenção e alerta em caso de atiradores ativo.

A formação de uma cultura de ação e treinamento para que as pessoas se previnam contra possíveis atiradores ativos, em escolas. A elaboração de um plano de segurança para que os próprios funcionários da escola, o coloquem em ação seria de grande valia, seja para uma evacuação segura, ou até mesmo para confronto da ameaça.

Um ponto em comum existente na maioria dos casos é o tempo de duração destes atentados. Este pode variar entre o tempo da chegada da policia, a quantidade de munição disponível ou até mesmo diante de uma possível reação, por parte de algum civil. Ao final sempre culmina com o cometimento de suicídio, por parte do atirador.

Entre as medidas preventivas podemos sugerir:

- É importante que os alunos e professores conheçam detalhadamente o local onde estudam, tais como saídas de emergência, escadas e corredores, a fim de poder prever uma rota de fuga para momentos de risco.

- Em casos de início de um possível atentado procure identificar sua localização e movimente-se de forma rápida na direção contraria procurando uma rota de fuga.

- Caso não consiga achar uma saída procure uma sala e feche a porta, colocando o que tiver a disposição para obstruí-la.

- Arme-se com qualquer objeto perfurante ou contundente, pois se tiver que lutar por sua vida, estes serão úteis.

- Se tiver que lutar por sua vida aja de forma violenta e rápida de forma a surpreender o agressor.

- Ao perceber o inicio de um atentado ligue imediatamente para o 190 e peça ajuda.

- Quando avistar os policiais entrando não interfira, apenas indique a direção da ameaça e saia rapidamente do local.

Lembre-se a prevenção é a melhor arma contra qualquer tipo de ameaça.

Autor: Marcos Vinicius Souza de Souza - PC/RS

 

 



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